Entregadores por app param também nas capitais nordestinas

Entregadores de aplicativo em Salvador - Divulgação

Entregadores de comida por app nas empresas Rappi, Loggi, Ifood, Uber Eats e James, se mobilizaram para protestar contra as péssimas condições de trabalho da categoria, em frente ao Shopping da Bahia e Salvador Shopping. A manifestação ainda percorreu a Avenida Antônio Carlos Magalhães, Ligação Iguatemi x Paralela, Engomadeira, Shopping Bela Vista, Cabula, e Barra, ponto turístico. Agentes da Superintendência de Trânsito de Salvador e da Polícia Militar acompanharam a manifestação.

A reivindicação é por melhores condições de trabalho e medidas de proteção em meio à pandemia da Covid-19, como, o aumento do valor recebido por quilômetro rodado, do valor mínimo de cada entrega, que independe da distância percorrida e do tempo gasto. O valor é fixado por cada empresa. Os entregadores querem também o fim dos bloqueios indevidos, seguro de roubo, acidente e vida, auxílio pandemia (equipamentos de proteção individual – EPIs – e licença).

Outras capitais do Nordeste também fizeram manifestações atendendo a mobilização nacional da categoria. Em Aracaju, o local escolhido foi a Orla de Atalaia, ponto de concentração em frente aos Arcos da Orla, na Avenida Santos Dumont, onde se mantiveram em protesto, sem circular na cidade. Em Maceió, capital alagoana, o protesto cruzou diversas ruas até a Avenida Fernandes Lima, principal via de Maceió, onde os manifestantes se concentraram. No Recife, os entregadores atravessaram a Avenida Agamenon Magalhães até a Avenida Domingos Ferreira, no bairro de Boa Viagem, Zona Sul da cidade. Em Fortaleza, os entregadores se reuniram em frente a um shopping da capital cearense, depois seguiram até a Praça da Imprensa, no Bairro Edson Queiroz, finalizando a manifestação. No Piauí, houve uma reunião entre os trabalhadores e a secretaria de segurança pública, onde foi solicitada mais segurança para a categoria.

Segundo estudo da revista Trabalho e Desenvolvimento Humano, mais da metade (54%) dos profissionais trabalham entre 9 e 14 horas por dia, índice que aumentou para 56,7% durante a pandemia, 51,9% relataram trabalhar todos os dias da semana.