Em fase decisiva de acesso à Série A, tricolores falam de sacrifícios pelo Bahia

Crédito: Felipe Oliveira
De ônibus, metrô, carro ou a pé, o torcedor do Bahia dispensa compromissos e dates para ir ao estádio.

“Se não for sofrido não é Baêa”, já disse a torcedora Renata Rocha, 24 anos. Apesar do Bahia ter feito um campeonato estável, ocupando o G4, os últimos resultados têm deixado os torcedores apreensivos. Mas, o sofrimento não para por aí, de cancelamento de compromissos e encontros amorosos, até as longas caminhadas, as famosas paletadas, vale tudo para ver o triunfo do tricolor de aço.

Quanto à subida do time, o publicitário Jamerson Silva, está confiante. “Temos real chance de subir, passamos o campeonato todo no G4 e acredito que subiremos sem maiores percalços. De vez em quando passo umas raivas com oportunidades perdidas como a do último jogo contra o Grêmio lá em Porto Alegre, estávamos ganhando até os 39 do segundo tempo e tomamos o empate. Mas de maneira geral, tá tranquilo”, disse ele.

Mas, Jamerson já passou por muitas situações difíceis para ver o triunfo do time do coração. “Em 2017, depois da final da Copa do Nordeste contra o Sport, sai da Fonte Nova às 2h40 da manhã, resultado: eu bati o carro e deu perda total. Mas tudo certo, o Bahia foi campeão da Copa do Nordeste depois de 15 anos”, lembrou Jamerson, em tom de comemoração mesmo após um acidente de carro.

Renata já precisou dar aquela paletada para não deixar de ver o jogo, no caminho para o estádio, seu ônibus quebrou e travou a via. “Saltei do buzu, na sinaleira da São Marcos e andei até o metrô do Pituaçu”, lembrou a tricolor.

“Uma vez eu tava em casa (morava em Piatã na época), o jogo já tinha começado, era um Bahia x Inter, o tempo tava fechado e eu não lembro o motivo, mas decidi não ir para o jogo, o que é muito raro. Do nada me deu vontade de ir. Liguei para meu pai que mora em Águas Claras, peguei o carro e fui buscar meu pai e fomos para o jogo, parei longe porque não tinha vaga, compramos o ingresso dele e entramos já no segundo tempo. Começa a chover e Marcelo Lomba toma um frango num chute do meio da rua. Perdemos por 1×0. Na hora de ir embora, andamos muito na chuva pra pegar o carro e eu fui o caminho de volta todo me achando a pessoa mais sem vergonha do mundo de ter feito tudo isso pra passar raiva”, contou Jamerson.

E apesar das inúmeras situações para ele, “ser da Bahia, baiano e não ser Bahia deve ser muito estranho”.

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