Crônica: Desastre Ecológico- violação dos Direitos Humanos

Crédito: Pixabay

Uma nuvem de pessoas famintas se aproxima do Brasil. São devoradores de metal pesado, usuários de internet Wi-Fi. Destroem tudo o que encontra pela frente, e por detrás.

Comem pedras preciosas, bebem barris de petróleo, afundam nossas esperanças, sugam nossos rios e mares…

A nuvem de famintos aumenta a cada segundo. Chegam pelas redes sociais, escrevem em nossos jornais. Elegem nossos governantes e se infiltram em nossos pais…

É uma gente louca por lucro fácil, investimento em metais, afogam nossos peixes com mercúrio e cianeto, saqueiam nossa memória, comem madeira da Amazônia.

Roubam laboratórios e injetam em nós amônia, essa gente dorme, engorda, bufa e nos humilha, enquanto a gente vira noites em insônia…

Uma nuvem de pessoas famintas invade nossos corpos, vendem nossa liberdade por um salário miserável, nos transforma em cyborgs mortos-vivos, assassinam jovens e idosos, cospem em nosso prato, suga nosso sangue, destrói o nosso mangue…

A nuvem de pessoas famintas, globalizadas, cobram pedágio em nossas estradas, desvirtua nossa cultura, maquiniza nossa agricultura, cobra em prestação a nossa morte, o caixão, nos mantém escravizados da moeda, do cartão…

Sem crédito, ficamos mudos, absurdo, e quem ri e brinda com o nosso vinho?
É a nuvem de bandidos, aqueles de branco colarinho…

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Valdeck Almeida de Jesus
Valdeck Almeida de Jesus é jornalista definido após várias tentativas em outros cursos, atua como free lancer, reconhecendo-se como tal há bastante tempo. Natural de Jequié-BA (1966), e escreve poesia desde os 12, sendo este o encontro com o mundo sem regras. Sua escrita tem como temática principal a denúncia: política, de gênero, de raça, de condição social, de preconceitos diversos: machismo, homofobia, racismo, misoginia. Coordena o movimento “Galinha pulando”, o qual pode ser visto no blog, no site e nas publicações impressas. Este movimento promove anualmente um concurso literário, aberto a escritores(as) do Brasil e do exterior. A poesia lhe trouxe o encantamento, mundos paralelos, as trocas, a autocrítica, a projeção de si e de outro(s), maior consciência de classe e de coletivo. Espera que as sementes plantadas se tornem árvores, florescendo e frutificando em solos assaz diversos. Possui 23 livros autorais e participa de 152 antologias. Tem textos publicados em espanhol, italiano, inglês, alemão, holandês e francês. Participa de vários coletivos da periferia de várias cidades, bem como de algumas academias culturais e literárias.