Consciência negra para além do 20 de novembro

O mês de novembro é o período de mais intensidade nas atividades relacionadas a questão racial, inclusive em algumas cidades o dia 20 de novembro é considerado feriado. Em Salvador não é feriado devido a quantidade de feriados já institucionalizados no calendário municipal, mas que não impede que o dia seja lembrado como motivo de celebração.

Sem nenhum caráter folclórico, o 20 de novembro é um dos muitos momentos ao longo do ano que a comunidade negra, aliada aos movimentos culturais e coletivos sociais em diversos ponto do país, se articula para colocar a pauta do combate ao racismo mais em evidência nas discussões em vários espaços, seja nas rodas de conversa, palestras, congressos, marchas ou caminhadas.

Genocídio do povo negro, escravidão, dívida histórica e desigualdade são temas sempre relevantes que toda sociedade deveria pautar nas escolas, faculdades, locais de trabalho, grupo de amigos e família. Afinal, todos esses temas dizem respeito a todos nós diretamente.

As políticas públicas, principalmente da reparação racial, quanto a educação, baseado nas cotas raciais, são algumas das conquistas da comunidade negra, que a duras penas vêem resistindo ao ataques constantes de uma parte da sociedade que tenta desvalorizar tal luta.

O Dia Nacional da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro em atribuição à morte de Zumbi dos Palmares, um importante líder negro que lutava contra a escravidão no Brasil. A data da celebração foi oficialmente instituída em todo país através a lei nº 12.519, de 10 de novembro de 2011, mas não é feriado nacional, sendo feriado municipal em algumas cidades.

“O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons”. Martin Luther King

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Paulo de Almeida Filho
Jornalista, Especialista em Comunicação Comunitária, Mestre em Gestão da Educação, Tecnologias e Redes Sociais - UNEB - Universidade do Estado da Bahia. Editor da Agência de Notícias das Favelas. Pesquisador do CRDH- Centro de Referência e Desenvolvimento em Humanidades - UNEB - Universidade do Estado da Bahia. Professor de Pós Graduação, em Comunicação e Diversidade, na Escola Baiana de Comunicação. Assessor da REDE MIDICOM- Rede das Mídias Comunitárias de Salvador. Membro do Grupo de Pesquisa TIPEMSE - Tecnologias, Inovação Pedagógicas e Mobilização Social pela Educação. Articulado Comunitário do Coletivo de Comunicação Bairro da Paz News. Membro da Frente Baiana pela Democratização da Comunicação. Integrante do Fórum de Saúde das Periferias da Bahia. Membro da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito- Núcleo Bahia. Integrante da Rede de Proteção de Jornalistas e Comunicadores Coordenador Social do Conselho de Moradores do Bairro da Paz, EduComunicador e Consultor em Mídias Periféricas.