Comunicadoras populares do Recife se reúnem com a ministra da Mulher

Aconteceu na última sexta-feira (23), uma reunião entre comunicadoras populares do Recife e a ministra da Mulher, Aparecida Gonçalves. O encontro aconteceu na Livroteca Brincante do Pina, na comunidade do Bode, zona sul do Recife.

Várias mulheres representantes de coletivos, movimentos sociais e veículos de comunicação populares do Recife e Região Metropolitana, apresentaram trabalhos desenvolvidos em prol da mulheres, sobretudo, para as mulheres negras, indígenas e moradoras de periferias.

Créditos: Arnaldo Sete/ Marco Zero Conteúdo

Além das apresentações sobre suas experiências e projetos desenvolvidos por e para mulheres, as comunicadoras expuseram dificuldades enfrentadas pela falta ou ineficiência de políticas públicas voltadas para essa população.

“Nós mulheres sofremos violências de diversas ordens e quando tomamos consciência dessas violência e buscamos nossos direitos, somos violentadas novamente. Em Pernambuco o despreparo e as tentativas de silenciamento por parte das polícias, quando o assunto é acolher a denúncia de uma mulher vítima de violência doméstica é uma prática naturalizada”, comenta a pedagoga Amanda Karaxu, mulher indígena da etnia Karaxuwanassu, em contexto urbano e representante do coletivo Favela pelo Bem.

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Estiveram presentes mulheres representantes das seguintes instituições: Coletivo Sargento Perifa, Coletiva Periféricas, Espaço Cultural da Marias, Ibura mais cultura, Coletiva Cabras, Coque Vídeo, Cabo de Força, Centro das Mulheres do Cabo, Favela pelo Bem, Marco Zero Conteúdo, Mapa da Mídia Independente de Pernambuco, Agência de Notícias das Favelas-ANF, dentre outras.

Representando o Poder Público, além da Ministra da Mulher Cida Gonçalves, participaram a Secretária da Mulher do Estado de Pernambuco, Mariana Melo e a vereadora Liana Cirne (PT).

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Cida Gonçalves escultou às mulheres e se comprometeu em criar uma interlocução entre ministério e às comunicadoras diretamente ligadas à projetos que buscam transformar a vida de outras mulheres e seus territórios.

“Foi muito importante ouvir a história de cada uma de vocês e conhecer um pouco de cada trabalho que vem sendo realizado. Assumo aqui o compromisso de desenvolver propostas que viabilizem a continuidade e ampliação desses projetos, através de parcerias com órgãos estaduais e municipais ou federais”, concluiu a ministra.