Com a participação de Ellen Oléria, rapper Dani Nega fala sobre invisibilidade e marginalização de mulheres lésbicas em seu novo single, “Sai Boy”

Ellen Oléria e Dani Nega. (Foto: José de Holanda).

Um convite para a celebração diária do empoderamento feminino na luta pela existência de corpos dissidentes. Esse é o ponto de partida de “Sai Boy”, novo single da rapper Dani Nega. Acompanhada de clipe, a música é o segundo single de sua carreira solo e conta com a participação especial da cantora, musicista, compositora e atriz Ellen Oléria. A novidade está disponível em todas as plataformas digitais.

“Sai Boy” fala sobre a invisibilidade e a marginalização de mulheres lésbicas por homens héteros cis que acreditam que essas mulheres sentem falta da presença afetiva masculina, por isso são lésbicas. A música é um grito de resistência pela liberdade de serem quem são nos lugares onde mais desejam estar.

– É um pedido de respeito, um basta aos boys sem noção. Uma luta pela existência de corpos dissidentes. Sai Boy nasce da voz das mulheres cis e trans lésbicas invisibilizadas pelo machismo e apagamento nas vias de comunicação e engajamento social. Ao pensar na mulher preta e sapatão, existem muitos preconceitos que chegam antes da fala e aproximação das mesmas. São preconceitos sobre sutilezas, aparência física, comportamento, autocuidado e até mesmo hábitos de higiene que são muitas vezes mitificados ao falarmos de mulheres lésbicas, especialmente as de pele negra retinta. As mesmas muitas vezes são vistas sob um limitador olhar de masculinização generalizada, excluindo a humanidade, pluralidade e o direito ao cuidado e afeto nas esferas sociais, profissionais e até mesmo em espaços íntimos como na família e nas parcerias afetivas – explica Dani.

Dani Nega é atriz, MC, compositora e ativista do movimento negro e LGBTQI+. Mestra de cerimônia com voz suave, precisa e irônica. Uma metralhadora poética que honra a sigla R.A.P. em suas duas versões: ‘rhythm and poetry’, no inglês, ou ‘revolução através da palavra’, em sua apropriação brasileira. Atua como parceira junto a importantes grupos de teatro, como “O Crespos”, “Coletivo Negro” e “Núcleo Bartolomeu de Depoimentos”. Com esse último, ganhou o Prêmio Shell de melhor trilha sonora com o espetáculo “Terror e Miséria no Terceiro Milênio”, onde assina direção musical. Dani Nega tem um trabalho musical em parceria com o produtor/músico/performer Felipe Julian (Craca). A dupla foi premiada no 28˚ Prêmio da Música Brasileira como melhor Álbum Eletrônico e atualmente se apresenta em vários pontos culturais e festivais pelo país. Depois de longa e frutífera parceria com o DJ Craca, Dani Nega segue solo em seu novo trabalho autoral.

O clipe

A referência de festa intimista que o clipe propõe é o Estúdio Colors. Assim, as personalidades das cantoras saltam em suas roupas, vozes, objetos e cores. O clipe conta com as participações da cantora Ellen Oléria e da dançarina Malu Avelar. A direção e montagem ficam por conta da cineasta Cibele Appes. Toda a equipe é formada em sua maioria por mulheres e corpos dissidentes.

– O clipe nos convida para a celebração diária do empoderamento feminino e apresenta ao fundo cores e luzes das bichas pretas e sapatão que cada vez mais toma para si os espaços políticos e midiáticos para que o pedido de respeito vire uma ordem – destaca a rapper.

 

Confira o clipe a seguir:

 

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