Sobe para quatro número de mortos nas chuvas do Rio

Avenida Brasil, altura de Irajá - Foto enviada por WhatsApp.

O temporal que começou a no primeiro dia de março causou quatro mortes na capital e Região Metropolitana do Rio, e segue inundando vias, águas invadindo casas e desalojando pessoas. A situação mais crítica é na zona Oeste da capital e na Baixada Fluminense.

Das mortes, duas foram em Acari, na zona Norte, e em Mesquita, na Baixada, que se somaram às duas anteriores, noticiadas ontem. A Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil recebeu, das 20h30 de sábado até o momento 349 chamados, os principais por desabamento de estrutura (121), deslizamento de barreiras e encostas (79), ameaça de desabamento de estrutura (63) e imóveis com rachadura e infiltração (31). Os bairros de maior demanda são: Realengo (62 ocorrências), Taquara (36), Campo Grande (31), Bangu (17), Deodoro (14) e Tijuca (11).

O Centro de Operações da Prefeitura mantém o estágio de alerta também devido à previsão do Sistema Alerta Rio de chuva, que é de moderada a forte. Por isso vigoram ainda recomendações à população para evitar sair de casa e adiar compromissos, permanecer em local seguro e somente se deslocar se estiver em área de risco ou em caso de extrema necessidade.

Foram acionadas 30 sirenes em 16 das 103 comunidades de alto risco geológico do município entre 23h44 de sábado e 13h07 de domingo. São elas: Rocinha, Alemão, Joaquim de Queiroz, Morro da Fé, Rua Frey Gaspar, Nova Brasília, Palmeiras, Parque Alvorada, Cariri, Vila Cruzeiro, Rua Mirá, Adeus, Piancó, Sítio Pai João, Comandante Luiz Souto e Espírito Santo. Todas são monitoradas 24 horas pelo sistema de alertas sonoros da cidade, acionado quando o índice pluviométrico atinge protocolos de desocupação preventiva.

Baixada

Em Nilópolis, moradores relatam e registram, nas redes sociais, alagamentos nas ruas e dramas de quem vive no município. Segundo eles, os problemas começaram já no início do período das chuvas, em dezembro de 2019, e reclamam ainda não havia qualquer sinalização de trabalhos para minimizar os transtornos. Já na noite do último sábado a prefeitura montou gabinete de crise para amenizar os efeitos das chuvas.

Em Mesquita uma cratera se abriu na Rua Coronel França Leite, na Chatuba, na madrugada de domingo. Carros ficaram pendurados e pessoas ilhadas. Moradores disseram também que faltou energia duas vezes durante a madrugada. A cratera foi causada por uma tubulação de águas fluviais rompida.