Centro de referência e empreendedorismo LGBTQIAP+ é inaugurado em SP

Museu diversidade sexual

O Museu da Diversidade Sexual (MDS) está cheio de novidades: inaugura nova sede administrativa com locais para pesquisas e cursos de capacitação, abre exposição em comemoração aos 40 anos do levante do Ferro’s Bar, além de promover roda de conversa, feira de empreendedorismo e caminhada na região da Praça da República, centro de São Paulo – tudo em homenagem ao mês da visibilidade lésbica, agosto.

Para a diretora do MDS, Mariza Bueno, o novo espaço inaugurado é uma vitória, pois a abertura do centro de referência e empreendedorismo irá atender demandas técnicas que o acervo necessita. Para isso, houve a ampliação do museu, na estação de metrô República.

“Aqui é um centro de pesquisa, vai acomodar a divulgação dos acervos por meio das exposições e das ações educativas”, conta a diretora. “As pessoas poderão vir pesquisar desde literatura LGBTQIAP+, obras de arte, cinema, música e televisão”.

Outra vertente de atendimento do MDS serão os cursos de capacitação oferecidos à comunidade. A diretora destaca que as ações educativas vão desde ensinar a cadastrar um CNPJ, até preparar o próprio projeto cultural, para participar de editais.

“Como a gente tá começando, temos cursos com grupos pequenos de até 20 pessoas, que vão acontecer até o final do ano”, informa.

Exposição sobre levante lésbico

A abertura da exposição Quando as lésbicas se levantam: a luta e a resistência sapatão nos anos 80 faz parte da programação do dia da visibilidade lésbica. O acervo destaca o levante no Ferro’s Bar, onde mulheres lésbicas lutaram pelo direito de se expressar sem medo da discriminação.

As curadoras Daniela Wainer e Rita Quadros lembram que diversos momentos de resistência lésbica não foram registrados no Brasil, criando dificuldade de encontrar material.

“Ao mesmo tempo que a gente retrata o que aconteceu em São Paulo, quer muito valorizar o que aconteceu em outros estados, em outros bares, em outros coletivos sapatão que a gente sabe que existia e sobre os quais foi muito difícil de ter material”.

Recuperar a história para reconhecimento mútuo

Para a analista de pesquisa, Gabriella Gontijo, que participou do evento, a importância do reconhecimento histórico do levante do Ferro’s Bar faz com que haja a reconstrução do orgulho lésbico e o entendimento de que outras mulheres lutaram para garantir o reconhecimento da identidade de uma nova geração.

“No meu processo de me entender, eu procurei pela história e o levante foi importante para eu me reconhecer como uma mulher lésbica”.

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