Censo pode contribuir com políticas públicas para pessoas em situação de vulnerabilidade

Rua 11 de Novembro, rua principal do bairro. Crédito: Ubiraci Santos/ANF

A coleta de dados do Censo Demográfico serve como instrumento para o Estado brasileiro implantar políticas públicas por meio de alocação de projetos e/ou programas em territórios com pessoas em situação de vulnerabilidade ou risco social.

Os recenseadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE iniciaram na última segunda-feira, 01, à coleta domiciliar do Censo Demográfico 2022, nos 5.570 municípios do país, com previsão de término no dia 30/11.

O recenseador Laurâncio Sampaio Silva, 43, morador do bairro Santa Cruz, periferia de Salvador, fala que o trabalho censitário tem finalidade de “fazer um mapa geográfico da população brasileira e busca responder três perguntas básicas: Quem somos? Como somos? E Como vivemos?”

O profissional deve portar crachá, QR Code, identidade, colete padronizado, boné do IBGE e um equipamento eletrônico de coleta de dados.

Recenseador Laurâncio Sampaio atuando na Santa Cruz, periferia de Salvador – BA. Crédito: Ubiraci Santos/ANF.

Por questões relacionadas à Covid-19 e redução de gastos orçamentários, o Censo Demográfico 2022 está ocorrendo nos 5.570 municípios brasileiros com dois anos de atraso. A consequência disso é ampliação da manifestação da questão social da desigualdade que atinge diretamente a populações menos favorecidas historicamente de políticas públicas, como os povos indígenas, ribeirinhos, quilombolas, moradores em guetos, quebradas e favelas, pessoas em situação de convívio na rua, além de migrantes e refugiados.

Nesta perspectiva, ao visitar um domicílio, o profissional deve portar crachá, QR Code, identidade, colete padronizado, boné do IBGE e um equipamento eletrônico de coleta de dados, por sua vez, a comunidade deve ser receptiva e respeitosa com os recenseadores.

No portal do IBGE explica que há um “questionário básico, com 26 quesitos e outro ampliado com 77 perguntas”. A média do tempo de resposta é em torno de 5 a 16 minutos. A escolha do questionário é realizada “automaticamente pelo Dispositivo Móvel de Coleta do recenseador”.

Assim sendo, o questionário básico contém blocos de perguntas sobre a “identificação do domicílio, informações sobre moradores, características do domicílio, identificação étnico-racial, registro civil, educação, rendimento do responsável pelo domicílio, mortalidade”, enquanto no questionário da amostra são acrescidos “situação trabalhista, rendimento, nupcialidade, núcleo familiar, fecundidade, religião ou culto, pessoas com deficiência, migração interna e internacional, deslocamento para estudo, deslocamento para trabalho e autismo”.

O portal do IBGE também expõe que, para coleta do Censo 2022, foram firmados “dois acordos de cooperação técnica com agências da Organização das Nações Unidas (ONU) para recenseamento de refugiados e imigrantes”. As instituições parceiras são “a Organização Internacional para Migrações (OIM) e o Alto-Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) com objetivo de facilitar as discussões relacionadas às etapas de análise dos resultados da operação censitária e de planejamento e observação das pesquisas domiciliares amostrais do IBGE”.

A coleta de dados é confidencial e qualquer morador com idade igual ou maior de 12 anos, pode responder ao recenseador representando os demais residentes do domicílio. A entrevista pode ser feita de forma presencial, por telefone ou autopreenchimento via internet. A opção de ser entrevistado pela internet, o morador precisa comunicar ao recenseador no momento da visita domiciliar.

Qualquer dúvida ligue para o Centro de Apoio ao Censo através do número 0800 721 8181, funciona das 8 às 21h30. Para consultar informações do (a) entrevistador (a).

A comunidade deve ser receptiva e respeitosa com os recenseadores.

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