Cedae: problema agora é detergente

Estação de tratamento Guandu - Imagem: Divulgação.

Um novo problema atinge a estação de tratamento de água que abastece boa parte da população da capital e da Baixada Fluminense. A região já vinha sofrendo com a qualidade ruim da água que chega às torneiras devido à presença de Geosmina.

Após análise laboratorial, a Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio (Cedae) identificou, no fim da tarde desta segunda-feira, presença de detergentes na água bruta que chega à Estação de Tratamento de Água (ETA) Guandu. A diretoria de Saneamento e Grande Produção da empresa decidiu fechar as comportas da entrada do canal principal da estação, interrompendo a captação de água, como forma de garantir a segurança hídrica das regiões atendidas pelo sistema Guandu.

Segundo a Cedae, o material foi arrastado pelas fortes chuvas na Região Metropolitana do Rio desde a noite do último domingo. A Companhia informa que ainda não é possível apontar se o problema vai afetar o fornecimento de água. Enquanto isso, técnicos permanecerão monitorando a captação de água até que a concentração destas substâncias não represente risco à operação da estação.

População vem sofrendo com a qualidade da água desde o início do ano. Moradores de vários bairros do Rio de Janeiro e da Baixada reclamaram do gosto, aparência e cheiro da água que chega às casas. Após análises, técnicos da Cedae detectaram a presença da substância orgânica produzida por algas, a Geosmina, porém, informaram não representar nenhum risco à saúde dos consumidores.