Brasil beira 2 milhões de infectados e está longe da imunidade de rebanho

General Pazuello comanda a guerra ao coronavírus - Foto da internet

O Brasil registrou nesta terça-feira, 14, um total de 1.341 mortes e 43.245 novas infecções do novo coronavírus nas últimas 24 horas, segundo dados do consórcio de mídia (O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulos, O Globo, Extra, UOL e G1) junto às secretarias estaduais de Saúde. Com isso, o total de óbitos é de 74.262 e o de contaminações, de 1.931.204. Assim, retomamos o patamar de mais de 40 mil infecções e mais de mil mortes, como ao longo da semana passada. O Brasil é o segundo país do mundo com maior número de casos e mortes por Covid-19, atrás apenas dos Estados Unidos.

Depois de três semanas seguidas de queda no número de mortes, São Paulo marcou nesta terça-feira, 14, o segundo pior recorde de mortes pela doença em 24 horas desde que a pandemia teve início, em março, com 417 óbitos. Os dados apontam ainda que mais 12 mil pessoas contraíram o coronavírus, o terceiro pior índice de um dia para outro desde março, quando a crise começou.

O diretor para doenças infecciosas da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Marcos Espinal, apontou que não há qualquer evidência de em alguma parte do Brasil tenha sido atingida a imunidade de rebanho contra a Covid-19. O termo é usado pra definir uma situação de proteção coletiva, em que grande parte da população está imunizada e impede o surto de se alastrar.

“Para atingir essa imunidade, é estimado que entre 50% e 80% da população de determinado local precisa ter sido imunizada ou infectada pelo vírus”, explica Espinal quando questionado sobre a situação de Manaus, no Amazonas, uma das cidades mais afetadas no país. Ele citou um estudo que aponta que apenas 14% dos moradores da capital têm anticorpos contra o novo coronavírus. “Isso não é imunidade de rebanho”.