Bahia: Frente Marginal de Arte Negra exige políticas públicas na cultura

Crédito: Reprodução

Carta Manifesto para FUNCEB – Frente Marginal de Arte Negra – FMAN A Frente Marginal de Arte Negra, vem a público, manifestar-se em defesa de uma política de Cultura comprometida com a pluralidade, diversidade e democracia em
nosso Estado. O nosso movimento surgiu durante o dramático período de uma pandemia, que nos levou, centenas de artistas e trabalhadores negres da Cultura, nos colocando o desafio urgente de mobilização e articulação direta com as instituições de Estado, em busca de políticas públicas que pudessem nos ver e nos alcançar.

Nesse sentido, reconhecemos que uma agenda política verdadeiramente negra e interseccional, só foi experimentada ao longo dos anos de gestão de Renata Dias na direção da Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB). Essa tecnologia de formulação, planejamento e gestão de uma política que nos vê como artistas e trabalhadores negres da cultura, tem sido forjada em diálogo aberto e constante com a atual diretora da FUNCEB.

Tendo em vista a recente nomeação para a Secretaria de Cultura, defendemos aqui a permanência de Renata Dias na direção da Fundação Cultural do Estado da Bahia, considerando fundamental a presença de uma gestora experiente negra com exitosa trajetória na implementação e aplicação dos recursos da lei Federal 14.017/2020 (Lei Aldir Blanc), que é referência em todo o país, sobretudo pelo desenho das cotas raciais, ação essa, resultante de atuação direta da Frente Marginal de Arte Negra.

Estaremos acompanhando atentamente as mudanças que serão feitas a partir do recente nome anunciado para a Secretaria de Cultura do Estado. E seguiremos em constante mobilização em defesa de um Política Cultural que represente e sinalize avanços concretos no debate contemporâneo sobre a gestão dessa dimensão fundamental na vida cotidiana do nosso Estado.