Aulas para migrantes e refugiados na Uerj são agora pelas redes sociais

Profissionais da Cátedra que atua na integração de refugiados com a língua portuguesa - Divulgação

A Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) adaptou seu programa de ensino da língua português que atende migrantes e refugiados para o modo online. A Cátedra Sérgio Vieira de Mello, da Agência da ONU para Refugiados (Acnur), foi implementada na universidade em 2017 e atende semestralmente cerca de 300 alunos vindos de outros países.

Ana Brenner, coordenadora da Cátedra Sergio Vieira de Mello/Uerj, explica que as aulas são pensadas dentro das necessidades desse público: “O isolamento social é mais complicado para migrantes e refugiados que moram em condições precárias, não têm devido o acesso à internet e têm como sustento o trabalho informal, ou seja, na pandemia estão sem renda. Foi um desafio para toda a equipe pensar em algo que os atendesse efetivamente”, disse.

Pensando na falta de um bom pacote de dados e de um ambiente propício para os estudos entre os alunos, as aulas são postadas em pequenos textos e áudios pelo WhatsApp, Instagram e Facebook, com conteúdo abordando questões relacionadas ao Covid-19 e também a realidades dos países de origem dos alunos, para despertar o interesse do aluno: “As aulas passaram a ser oferecidas em lives semanais. Além disso, a cada semana, eles recebem um boletim todo em português, por texto e áudio, com informações sobre a pandemia em seu país de origem. Isso é muito positivo, estabelece um vínculo e reforça os laços entre sua terra natal e o Brasil, favorecendo o engajamento”, afirma a coordenadora.

Para conhecer mais sobre a Cátedra Sérgio Vieira de Mello e saber como ajudar, basta acessar o site da ACNUR, aqui.