Ato contra Escola Sem Partido é marcado por forte presença policial

Membros do MBL são escoltados pela polícia durante ato favorável ao projeto Escola Sem Partido. (Créditos: Vitor Pastana / ANF)

Nesta terça-feira, 15, o Coletivo Antifascista Anarquista do Rio de Janeiro (CAARJ) realizou um ato contra o projeto de lei conhecido como Escola Sem Partido no Largo da Carioca, Centro do Rio. O protesto foi uma resposta à manifestação de apoio ao PL, realizada pelo Movimento Brasil Livre (MBL), e contou com forte presença policial.

O Projeto de Lei 867, conhecido como Escola Sem Partido, tem causado polêmica em todo o país. A proposta tem como redatores Izalci Lucas (PSDB-DF) a nível nacional, Flavio Bolsonaro (PSC-RJ) na esfera estadual e Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) na municipal. O Escola Sem Partido pretende limitar a ação do professor em sala de aula, alegando que os educadores se utilizam de sua posição para doutrinar os estudantes, de maneira que assumam posições políticas da esquerda. O profissional da educação não poderia mais expressar opiniões ou transmitir conteúdos que entrem em conflito com a educação religiosa e moral dada pelos pais.

O MBL protagonizou uma mobilização nacional a favor do PL, com ações em diversos estados. Em contraponto a esses eventos, o CAARJ organizou o ato Marcha Contra o Escola da Amordaça, uma referência à chamada “lei da amordaça” da Ditadura Militar. Os manifestantes afirmam que a proposta é autoritária, além de ferir o direito constitucional à liberdade de expressão, e que deve produzir instituições de ensino sem qualquer pensamento crítico.

Logo no início do ato, já estava presente a Força Tática da Polícia Militar, que cercava e revistava todos os participantes. Tanto o Grupamento de Ações Especiais e a Força Tática se concentraram em reprimir a manifestação do grupo de anarquistas, e garantir o curso da ação do Movimento Brasil Livre.

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