“Até o fim”: espetáculo conta histórias de mulheres vítimas de múltiplas violência

O objetivo é trazer para a arte histórias de mulheres que sofreram diferentes formas de violência- Foto: Crédito: Nildinha Fonseca

Estreia nesta sexta-feira (9), às 20h, o espetáculo “Até o fim”, baseado no filme homônimo de Ary Rosa e Glenda Nicácio. Os cineastas são mineiros, mas escolheram a Bahia como morada, e para fazer cinema brasileiro com a imagética do Recôncavo Baiano.

“Até o Fim”, aborda as fragilidades presentes nas histórias de quatro mulheres que se assemelham à muitas histórias de mulheres negras na sociedade. E, sobretudo, utilizar a arte como forma de cura coletiva em tempos de muita insanidade e doença.

A obra tem a direção é de Valdineia Soriano e Leno Sacramento, e a dramaturgia de Cynthia Rachel Esperança, 37, dramaturga e mestranda em Literaturas Africanas. Ela reside entre Rio de Janeiro e Salvador.

Crédito: Nildinha Fonseca

Para Cynthia Rachel, “o objetivo é trazer para a arte histórias dessas mulheres que sofreram diferentes formas de violência e foram silenciadas em casas. Se dispersaram na vida, e com a morte do pai vê a oportunidade de curar essas dores trazendo tudo à tona”. MULHERES, MEMÓRIAS E AFINS – ATÉ O FIM.

A programação segue até o domingo (11), com todas apresentações gratuitas. Devido a pandemia da Covid-19, o público terá que assistir através no canal do Youtube Rosza Filmes, Até o fim

“Até o Fim”

Durante três meses, aconteceram os ensaios virtuais e presenciais, para alinhar o que foi montado virtualmente, para que na sequência fosse gravado.

De acordo com a produção do espetáculo, a equipe envolvida tomou todos os cuidados de saúde para manter a segurança das pessoas envolvidas.

“Fazer teatro em tempos de pandemia é algo nunca pensado para quem está acostumado a fazer teatro de forma tão livre mas, foi um tempo de montagem muito rápido”, comenta Cynthia.

Crédito: Nildinha Fonseca

O espetáculo tem em seu corpo cênico, quatro atrizes em cena, são elas: Arlete Dias, Edvana Carvalho, Luciana Souza & Matheuzza. É um núcleo criativo muito conectado com a cena, com o todo.

Para a criação da obra, não houve nenhuma dificuldade, mas para a montagem os desafios foram enormes. Afinal, teatro é troca, é contato físico, é aglomeração nos camarins. E, nada disso foi vivido.

Pelo contrário, toda equipe passou por muito processo de medo. As trocas eram das máscara, com o uso do álcool, atenção com o distanciamento social. “Isso para quem faz teatro é uma dificuldade muito grande”, declara Cynthia Rachel, que também tentou produzir alguns trabalhos de cinema, mas as gravações foram canceladas.

Cynthia fez um convite especial para o público. “Galera, MULHERES, MEMÓRIAS E AFINS – ATÉ O FIM foi um trabalho feito com muito afeto. Com uma equipe muito envolvida. O resultado do trabalho ficou lindo! Quem puder assistir, veja. É só se inscrever no canal do YouTube Rosza Filmes, juntar a família, as amigas, os amigos e Afins, sem aglomeração, por favor, e assistir!”

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Paulo de Almeida Filho
Jornalista, Especialista em Comunicação Comunitária, Mestre em Gestão da Educação, Tecnologias e Redes Sociais - UNEB - Universidade do Estado da Bahia. Editor da Agência de Notícias das Favelas. Pesquisador do CRDH- Centro de Referência e Desenvolvimento em Humanidades - UNEB - Universidade do Estado da Bahia. Professor de Pós Graduação, em Comunicação e Diversidade, na Escola Baiana de Comunicação. Assessor da REDE MIDICOM- Rede das Mídias Comunitárias de Salvador. Membro do Grupo de Pesquisa TIPEMSE - Tecnologias, Inovação Pedagógicas e Mobilização Social pela Educação. Articulado Comunitário do Coletivo de Comunicação Bairro da Paz News. Membro da Frente Baiana pela Democratização da Comunicação. Integrante do Fórum de Saúde das Periferias da Bahia. Membro da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito- Núcleo Bahia. Integrante da Rede de Proteção de Jornalistas e Comunicadores Coordenador Social do Conselho de Moradores do Bairro da Paz, EduComunicador e Consultor em Mídias Periféricas.