Acesso a água encanada ainda não é um direito de todos os cariocas

A existência humana necessita de água, mas, infelizmente não é em todo lugar que esse direito é respeitado, como em diversos locais do Rio de Janeiro.

Em Saracuruna, Duque de Caxias, boa parte das casas funcionam com poços artesianos e, até mesmo, bocão, o poço manilhado.

O tratamento da água é realizado pelos próprios moradores, mesmo sabendo que essa não é a maneira adequada. “A gente se vira como pode. Algumas vezes, a água sobe com resto de animais e fezes, mas o que vamos fazer? Precisamos tomar banho, cozinhar e matar a sede dos nossos”, relata Mauro Mendonça, morador do bairro João Pessoa há quase 30 anos.

Verificando a situação em outros municípios de Duque de Caxias, encontramos movimentações de reparo e canalização no Canal Farias, em Saracuruna. Mas há muitos lugares que não são contemplados pelo serviço da empresa Águas do Rio. O que as obras trazem é esperança, mas o cenário está longe do que podemos considerar ideal.

Caixa d´água inutilizada por conta da sujeira. FOTO: Joaquim Azevedo

Falta água em Magé e Maricá

Em Magé, a dificuldade persiste e a população reclama dos gestores públicos. “Existe uma família que monopoliza o município e por isso nada muda. É difícil acreditar que a Baixada Fluminense se livre de certas coisas. Quem sofre somos nós“, diz Valquíria Menezes, que aguarda o conserto de sua bomba d’água para puxar água do poço vizinho.

Mesmo em Maricá, município com grande poder aquisitivo do Rio de Janeiro, boa parte dos moradores não tem saneamento básico.

“Eu não gosto de reclamar para não ser ingrato. A prefeitura faz muita coisa por nós, mas água é o básico, sabe? Sinto falta de água de qualidade por aqui”, diz Gabriel Vasconcelos ao lado do filho de sete anos.

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