Afoxé Filhos de Korin mostra história, trabalho social e resistência no Carnaval

Afoxé Filhos de Korin Efan retoma seu desfile no Carnaval 2023, após dois anos sem folia.

O bloco tem suas saídas programadas para este sábado (18/02), no Circuito Osmar (Campo Grande, seguindo o contra fluxo), e para a segunda-feira (20/02), quando a agremiação anima as ruas do Circuito Batatinha (Pelourinho).

O Afoxé Filhos de Korin Efan fundado pelo Ogan Erenilton, Elemaxó da Casa de Oxumarê, e presidido pela sua filha, a advogada Elisângela Silva, neste ano vai às ruas do Centro de Salvador homenageando os Ibejis, entidades do candomblé que representam as crianças.

Evocando o tema “OMI BEIJADA! BEJIRÓÓ! VIVA IBEJÍ! SALVE O ORIXÁ DA FELICIDADE E DA PROTEÇÃO”, o tradicional afoxé de rua da Rua do Passo fará referência aos Ibejis (para o candomblé ketu-nagô) e Vunji (na nação Angola), conhecidos popularmente como Erês e responsáveis, de acordo com o mito do candomblé, por levar alegria, inocência e brincadeira para o mundo;

O Afoxé Filhos de Korin-Efan tem suas saídas programadas para o sábado (18/02), no Circuito Osmar (Campo Grande, seguindo o contra fluxo), e para a segunda-feira (20/02), quando a agremiação anima as ruas do Circuito Batatinha (Pelourinho).

Neste ano, o bloco conta com o apoio do Edital do Carnaval Ouro Negro, promovido pela Secretaria da Cultura do Estado da Bahia (Secult-BA).

As inscrições para os associados que desejam desfilar já estão abertas, na sede do bloco, na Rua do Passo, ao lado do Conselho de Desenvolvimento da Comunidade Negra (CDCN). Mais informações podem ser obtidas por meio do telefone (71) 999179-5707 ou das redes sociais do Korin Efan.

Crédito: Divulgação

*História, trabalho social e resistência*

Tradicional e respeitado, o Afoxé Filhos do Korin Efan é conhecido também pela realização do Caruru de Santa Bárbara, todo 4 de dezembro, na sua sede, na Rua do Passo – quando milhares de baianos e baianas colocam suas vestimentas vermelhas para saudar Iansã/Oyá e Santa Bárbara.

O bloco também é famoso pela sua resistência, mesmo com as dificuldades enfrentadas pelas agremiações negras na Bahia, e por promover trabalhos sociais com a comunidade do Pelourinho. Durante a pandemia da Covid-19, a agremiação carnavalesca realizou distribuição de cestas básicas, material de higiene pessoal, máscaras de proteção e ainda realizou oficinas de produção de sabonetes, entre outras ações, por meio de captação de recursos com parceiros e também por meio de editais do Governo da Bahia.

A presidente do bloco, Elisangela Silva, celebra a resistência do bloco: “Seguimos na luta independente do Carnaval, mas é nessa época do ano que levamos para a avenida toda a alegria, a força e a união dos moradores do Pelourinho, dos demais associados do Afoxé Korin Efan, sempre saudando os Orixás, reverenciando a nossa fé, lembrando da memória de Mestre Erenilton, fundador do bloco e meu pai, e ainda pedindo mais investimento na cultura negra de raiz”, afirmou a advogada e dirigente do afoxé.