Afinal, quanto peso há em influenciar?

Crédito: Reprodução internet.

Afinal, quanto peso há em influenciar? E ser influenciado?

Esses dias uma amiga fez o seguinte texto:

“Vocês já pararam pra pensar que todo mundo continua agindo como se fosse necessário estar nas redes sociais para “ter presença” e “divulgar seu trabalho”, mas que em 2018 isso não é nem um pouco verdade? ”

Quando comecei a ler o post, expressei:

– “Sim! É exatamente isso!”

Logo depois recebi uma foto patrocinada de uma menina, onde o produto era ela. Isso mesmo. Não havia roupas ou comidas como produto, o produto era ELA. Lembrei, então, de um livro didático que usei na 4ª ou 5ª série, isso nos anos 90, que já falava do excesso de propaganda em nós, como forma de encontrar/adquirir atenção.

Comecei a me questionar o que postava e o que ou quem eu seguia. Resolvi fazer uma limpa de tudo que não me agregava e lá se foram mais de mil perfis de empresas, que não atendiam às minhas necessidades pessoais e/ou não me representavam de forma alguma.

Deixei de seguir umas 500 pessoas, que estavam ali só fazendo número. Nada pessoal, o conteúdo apenas não me tocava e foi aí que a mágica aconteceu. Hoje, recebo apenas coisas que realmente gostaria de receber. Mas por que essa reflexão?

Na mesma semana vi uma pessoa ter a energia emocional apagada, quando perdeu 500 seguidores em um dia. A pessoa nem me conhecia. Ouvi a conversa nesses momentos de festa rápida, sabe? Aquilo me chamou atenção para o fato do quanto dela estava ali, completamente dependente daquela QUANTIDADE de pessoas desconhecidas.

Lógico que não estou levantando uma questão, apenas a nível de publicidade e muito menos dizendo que seja ruim o trabalho exercido, mas fiquei o dia inteiro preocupada com o emocional daquela “influencer”. Afinal, quanto peso há em influenciar ou ser influenciado? Afinal, estamos o tempo inteiro nesse ciclo vicioso. Se não todos, uma grande parcela da humanidade.

No texto da minha amiga, ela continuou com a seguinte reflexão:

“Vira e mexe me pego no “void” das redes sociais. Eu vou deixando de interagir e existir e fico só descendo o feed das coisas até todo mundo ir embora.”

Se de um lado temos “seguidores” buscando conteúdo que lhes agreguem ou conteúdo nenhum, cheios de um grande vazio emocional que já não aguentam receber posts em feeds amarrotados, do outro lado temos perfis extremamente saturados pela quantidade de conteúdo que se comprometeram a produzir, sem ter o mínimo de tempo para seu emocional e saúde mental.

O que vamos fazer se de hoje para amanhã nosso cérebro nos disser: “Acabou, cansei. Daqui não sigo mais”.

É preciso parar para perceber quanto de nós tem se perdido no caminho, influenciando ou sendo influenciados. A responsabilidade sobre nosso corpo e nossa mente é unicamente nossa e o que produzimos e expomos também é.