A taxação de grandes fortunas e o começo da saída da crise econômica

Crédito: Rede Brasil Atual

O país pode estar ruindo, a economia pode estar em crise e a pandemia nos aterrorizar, mas pouco mais de 1% da população pode amenizar o caos.

O Brasil tem a segunda maior concentração de renda do mundo, e por consequência é o segundo país no ranking de pior distribuição de renda entre a população, são os dados do Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) da Organização das Nações Unidas (ONU).

Segundo o relatório, o 1% mais rico concentra 28,3% da renda total do país, ou seja, quase um terço da renda nacional está nas mãos dos milionários, os 10% mais ricos do Brasil concentram a maior parcela da renda total brasileira, 41,9%. Mas mesmo com a discrepância da concentração de renda, são os mais pobres que pagam mais impostos.

Os impostos sobre consumo pesam mais de 50% no total arrecadado pelo Estado, enquanto o imposto de renda e patrimônios não chegam a 25% das arrecadações.

A estrutura tributária brasileira se divide em dois tipos de tributo: os impostos diretos, que são sobre renda e patrimônio e os impostos indiretos que são aqueles presentes sobre o consumo. E a política tributária taxa mais o consumo que o patrimônio, situação que desfavorece a população mais pobre.

Por exemplo, uma pessoa que tenha renda mensal de R$ 10 mil reais por mês e compra um micro- ondas de 300 reais, do qual 100 reais correspondem aos impostos de consumo , compromete 1% do seu salários em impostos. Já alguém com renda mensal de R$ 1 mil reas que compre o mesmo micro-ondas compromete 10% do seu salário.

Nesse exemplo mostramos que diferente do que a mídia e os grandes empresários tentam nos fazer acreditar, não são as grandes empresas que mais pagam impostos no Brasil. O problema não é o imposto, mas sim a estrutura tributária, que precisa taxar as grandes fortunas.

Tramitam dois projetos de taxação de grandes fortunas no senado, ambos referentes a patrimônios maiores que R$ 22,8 milhões.

Apoiar essas iniciativas não só é um gesto de humanidade perante pandemia, mas também uma maneira de frear a recessão econômica, garantindo o investimento em hospitais, manutenção da renda básica e redução das desigualdades.

Organize sua comunidade e faça parte dos abaixo assinados para leis serem aprovadas.