A pandemia e a fraqueza do capitalismo

O Capitalismo é um sistema econômico onde donos de empresas são proprietários privados dos meios de produção. Os meios de produção são matérias-primas, equipamentos, máquinas, fazendas, prédios e outros. Então, os proprietários contratam trabalhadores para usarem seus meios de produção para produzirem valor. Este valor pode ser produtos, alimentos e serviços que são vendidos para a sociedade.

Logo, com o dinheiro obtido na venda destas coisas, o proprietário paga os salários dos trabalhadores e compra ou faz manutenção em seus meios de produção. A outra parte do dinheiro das vendas se torna o seu lucro.

Por isso, para continuar lucrando, o proprietário precisa continuar produzindo coisas e vendendo elas. E também pagando os seus funcionários e mantendo seus meios de produção. No entanto, este cenário não é ideal. Porque, trabalhadores não são perfeitos, meios de produção se acabam com o tempo. E os consumidores podem não ter dinheiro ou nunca desejarem comprar aquele produto. Além disso, o Estado pode interferir nas empresas por meio de impostos, juros e etc.

Por isso, as empresas usam de vários meios, inclusive ilegais, para lucrar mais como: pagando menos aos funcionários; funcionários trabalhando mais do que deveria; produzir produtos de péssima qualidade; usando meios de produção de péssima qualidade e alienando a pessoa de que ela precisa consumir aquele produto a todo custo; seja por status social ou por vício no consumo mesmo. Sempre para produzir mais, vender mais e ganhar mais lucro.

Ponto fraco do sistema capitalista.

No entanto, este momento de pandemia tem mostrado as verdadeiras e reais necessidades dos seres humanos. E também tem mostrado que o sistema de trabalho e economia tem seus pontos fracos.

Os seres humanos tem procurado comprar aquilo que é essencial e básico para a sua subsistência. Além disso, as pessoas também estão compartilhando, colaborando e partilhando umas com as outras; como alimentos, materiais de higiene, produtos, equipamentos, serviços e outros. Isso diminuí o consumo de coisas não essenciais.

Por outro lado, trabalhadores estão tendo sua jornada de trabalho reduzida, outros não estão podendo ir trabalhar. Isso diminuí a produção de mercadorias. Com isso, as empresas estão tendo a sua lucratividade reduzida.

Consequências.

A consequência disso é que muitos donos de empresas estão tomando atitudes drásticas. Estão impondo seus funcionários a voltar ao trabalho causando aglomeração, mesmo que governos municipais e estaduais tenham determinado que parassem. Estão reduzindo ou cortando o salário de seus funcionários. E em outros casos, demitindo.

Porém, isso não quer dizer necessariamente que os donos de empresas são ruins. Mas que podem estar tomando decisões drásticas por questões de sobrevivência pessoal ou familiar. Por isso, eles também precisam lucrar para garantir a sua subsistência. No entanto, com melhor qualidade, mordomias e luxos.

Portanto, este momento tem revelado como as nossas relações de trabalho, de produção e consumo de mercadorias não são boas para a sociedade. Prejudicando a qualidade de vida dos trabalhadores e também dos consumidores. Isso sem falar nos problemas ambientais, que são causados pelas empresas e por nós consumidores, pelo uso e pelo descarte de mercadorias de maneira irregular.

A mudança é necessária.

Por isso, precisamos mudar as nossas relações de trabalho, de produção e consumo de mercadorias para reduzir a desigualdade social, e garantir uma melhor qualidade de vida para todos.

Para que as relações econômicas em momentos de crise não causem conflitos entre classes sociais para tentarem garantir a sua subsistência. Lembrando que as classes com maior poder financeiro poderão levar vantagem devido estarem em posição superior.

Alguns exemplos de outras relações econômicas são:

A Economia Solidária, que é baseada no conjunto de atividades econômicas (produção, distribuição, consumo, crédito e etc) organizada por meios de cooperativas, associações, clubes de troca, redes de cooperação e etc.

A Economia de Compartilhamento, que tem como eixo essencial a divisão/troca, compartilhamento de bens e serviços ao invés de acúmulo de mercadorias.

O objetivo é que possamos fazer uma transição de uma economia baseada em competição para um estilo econômico baseado na cooperação. Para garantir uma melhor qualidade de vida, sustentabilidade ambiental e de consumo, e diminuir a desigualdade social.

Para mais informações, é só clicar nos sites:

https://www.ecycle.com.br/6269-economia-solidaria.html

https://m.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/artigosCoperacao/economia-colaborativa-a-tendencia-que-esta-mudando-o-mercado,49115f4cc443b510VgnVCM1000004c00210aRCRD