A fome é um problema crônico em um país elitista e racista

Desde 2015 o Brasil voltou ao mapa da fome - Foto William West/AFP

Em cinco anos a fome volta a ser um assunto preocupante no Brasil, cerca de 3 milhões de pessoas vivem em situação de insegurança alimentar atualmente, como mostra a pesquisa realizada pelo IBGE. O país sempre foi acompanhado do fantasma da fome, muito embora seja uma das nações que mais produz gêneros alimentícios. Triste paradoxo, né?! Uma nação referência mundial por produzir arroz e feijão, produtos básicos na mesa da população brasileira, tem a capacidade de privar suas cidadãs e seus cidadãos de se alimentarem, ainda que de forma mais elementar.

Durante pouco mais de uma década, entre 2004 a 2015, o país conseguiu sair do mapa da fome. Porém, não durou quase nada, voltamos para esse triste mapa em 2015. O índice numérico de pessoas que saíram do mapa da fome despencou, para a nossa vergonha enquanto uma nação que possui políticos que enxergam com orgulho tal dado, visto que consideram a responsabilidade do indivíduo prover o seu próprio sustento.

O Brasil aderiu a intenção da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), que entende o acesso aos alimentos como um direito humano, portanto, é de responsabilidade de seus governantes que isso ocorra. Porém, vivemos um momento muito triste da realidade brasileira: estamos sendo governados por pessoas que sentem prazer no sofrimento da população pobre, que não se envergonha quando 130 mil pessoas morrerm por incapacidade de governar.

Enquanto houver vida, haverá esperança de mudanças. Que os eleitores desses atrozes que governam as esferas federal, estadual e municipal possam repensar e se proponham a mudar o rumo da política nesse país. Elejam prefeitas/os e vereadoras/es comprometidas/os com a população e que se preocupem conosco. Aqui no Rio de Janeiro temos bastante opções.