A árvore da direita com seus frutos estragados

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A família Bolsonaro nas eleições 2018 e a ameaça que representam para o povo.

Desde de 2014 há movimentações significativas na internet favoráveis à Jair Bolsonaro, sendo especulado desde então pelos seus seguidores como alternativa para as eleições de 2018 para presidente. Dotado de ideais moralistas e patriarcais, hoje, ele lidera em todas as pesquisas de pretensão de voto no 1º turno, o que revela não só a proliferação de valores retrógrados dentro do cenário político popular brasileiro, como também uma crescente aversão às figuras políticas do Partido dos Trabalhadores perante aos efeitos de más decisões de gestão no governo de Lula e Dilma, que é um dos principais e únicos argumentos explorados por eles e seus simpatizantes em defesa de suas candidaturas.
Seus filhos, Eduardo, Flávio e Carlos Bolsonaro, que a partir do nome de seu pai, alavancaram na carreira política a alguns anos, concorrem nestas eleições como
Deputado Federal e Senador do Rio de Janeiro, o terceiro, que tem sido eleito e reeleito
como vereador do município do Rio de Janeiro desde os anos 2000, não está competindo nenhum cargo nessas eleições. Todos compartilham com Jair seu viés político e seu discurso extremista e rasamente fundamentado em argumentos puramente morais, no que se trata de seus planos de políticas públicas.

Mas por que a liderança política desses homens pode ser tão nociva à população?
Não é de hoje que a família Bolsonaro, especialmente o patriarca, solta comentários de conteúdo exclusivo e extremamente problemático nas mais diversas mídias comunicacionais. Condenado por racismo no ano passado, e novamente esse ano
por LGBTfobia, Jair já proferiu em entrevistas e atos que governa para “maiorias”,
deixando claro que não possui o menor interesse ou pretensão de cumprir qualquer
programa de âmbito social.
Flávio Bolsonaro, que se mantêm no 2º lugar nas pesquisas de pretensão de voto
para o Senado, com 26% dos votos segundo o último Ibope, tem dentre suas propostas a
redução da maioridade penal, e a criminalização do aborto, o que afeta diretamente à
população pobre e preta que vive na periferia, contribuindo e justificando para/com o
discurso das “classes perigosas”, e canalizando a opressão que esse povo sofre do
Estado, tanto em caráter de classe como racial, pois na realidade, as mulheres brancas
de classe média abortam em clínicas de forma segura, enquanto as pretas e faveladas,
quando se vêm impossibilitadas de cuidar de uma criança, precisam se expor à métodos
muitas vezes mortais para o interrompimento da gestação, além do fato dos “jovens
estudantes” da Zona Sul que são apreendidos com drogas, das quais o candidato ao Senado é “a favor da criminalização”, como se elas fossem legais, quase sempre passam
por vista grossa da polícia, enquanto os da favela são vítimas cotidianas de abuso de
poder policial.
Eduardo Bolsonaro, que recentemente foi alvo de uma movimentação na internet por conta do salto de seu patrimônio, baseia sua campanha também com os mesmos princípios de valores morais, cívicos e familiares do restante da família. Declarou neste início de mês, que as mulheres de esquerda são menos bonitas e higiênicas que as de direita, gerando uma série de discussões dentro de diversas redes sociais, reforçando a imagem machista e misógina que o candidato e seus parentes da política já possuíam.
Os Bolsonaro representam uma real ameaça ao povo brasileiro, a aderência de seu discurso que vem sendo trabalhada com ênfase nas mídias sociais desde 2014 alcançou proporções gigantescas, a direita segue essas figuras tão absurdas e retrógradas de forma tão fanática que beiram a idolatria, muitos de seus seguidores se negam a acreditar ou justificam  qualquer mau feitio que eles tenham feito que seja divulgado na mídia, sejam declarações que atentem aos direitos humanos, ou provas ou atitudes como sonegação de impostos ou furto à cofres, como estampa a revista Veja desse mês. Com um governo guiado pelas ideologias que circundam a essencialidade dessa família, o Brasil daria bons passos para trás, reforçando cada vez mais as mais diversas desigualdades sociais que marcam o país desde sua fundação.