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Por Patrick Granja / A Nova Democracia
Na noite de ontem, dia 17 de outubro, o candidato à reeleição ao cargo de reitor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Vieira Alves, esteve no curso de pedagogia para um debate com alunos, professores e funcionários. Logo que chegou ao 12º andar do Campus João Lyra Filho, o reitor se deparou com dezenas de estudantes dos cursos de pedagogia e história revoltados com a presença do candidato. Os estudantes do Centro Acadêmico de Pedagogia Paulo Freire acusam o reitor de ser conivente com o corte de 60 milhões nas verbas da universidade, levado a cabo pelo seu aliado, o governador Sérgio Cabral. Além disso, eles apontam a gestão Vieira Alves como inimiga dos estudantes e protagonista de um processo acelerado de privatização e sucateamento da UERJ. Somado a isso, o reitor teria inaugurado, às vésperas da eleição, um restaurante universitário com capacidade reduzida e preços acima da média dos bandejões de outras universidades. Ainda segundo os estudantes, o projeto teria sido implementado em parceiria com o banco Santander. Em 2008, logo no ínicio da atual gestão, estudantes chegaram a ocupar por quase um mês a reitoria da universidade.
Na noite de ontem, Vieira Alves acabou dicursando apenas para professores e funcionários. Estudantes foram barrados por seus aliados e seguranças da universidade, que temiam as manifestações contra o reitor. Os poucos estudantes que conseguiram entrar na sala para ouví-lo, tiveram que sair do local. A decisão foi dos assessores de Vieria Alves que organizaram o debate. Na saída do reitor, mais vaias e palavras de ordem repudiando sua presença no espaço do curso de pedagogia, que junto com Serviço Social, concentra o maior número de estudantes pobres da universidade.