14 anos da Chacina da Baixada

Placas com inspiração naquelas produzidas para homenagear a vereadora Marielle Franco, assassinada em março do ano passado, foram criadas com os dizeres "Rua Nossos Mortos Têm Voz". Créditos - Reprodução

Entre as 29 vítimas, havia crianças, estudantes, comerciantes, pessoas desempregadas, funcionários públicos, marceneiros, pintores e garçons.

Em 31 de março de 2005, 29 pessoas foram mortas na maior chacina da história do Rio de Janeiro. Neste domingo (31), 14 anos após a matança, parentes se reuniram na Rodovia Presidente Dutra, na altura de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, num ato em homenagem às vítimas.

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Com faixas, flores e placas, cerca de 100 pessoas se reuniram na Rodovia Presidente Dutra às 10h para refazer o caminho da chacina, que aconteceu em Nova Iguaçu e Queimados.

Na noite do dia 31 de março de 2005, os criminosos levaram terror a uma extensão de 15 quilômetros entre as cidades de Nova Iguaçu e Queimados. As vítimas não tinham antecedentes criminais e foram escolhidas a esmo enquanto conversavam na porta de casa ou andavam pelas ruas. Entre as vítimas, estavam crianças, estudantes, comerciantes, desempregados, funcionários públicos, marceneiros, pintores e garçons.

O Ministério Público chegou a denunciar 11 PMs pelos crimes e o grupo acabou preso. Em fevereiro de 2006, a juíza Elizabeth Machado Louro admitiu parcialmente a denúncia e pronunciou cinco deles para irem a júri popular.

De acordo com o TJ, outros dois policiais foram pronunciados apenas por formação de quadrilha: o cabo Gilmar Simão, assassinado em outubro de 2006; e o cabo Ivonei de Souza, que entrou com recurso contra a decisão. Os demais foram postos em liberdade, a pedido do Ministério Público, pois não foram encontrados indícios suficientes para incriminá-los.