Turismo no morro: uma experiência fora do normal

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Conhecer lugares diferentes e outras culturas é sempre bom, mas você pode fazer isso dentro do Brasil. O Rio de Janeiro é um exemplo de cidade para praticar um turismo diferente, ou seja, o turismo no morro.

Mas por que conhecer uma favela? O que tem de atrativo nos morros, principalmente, da capital carioca que ouvimos sobre tantas ocorrências violentas que ocorrem por lá? Entenda por que o turismo no morro continua sendo uma experiência fora do normal.

Além de conhecer outra realidade do Rio de Janeiro, mesmo para quem nunca visitou a cidade, mas conhece muitos pontos turísticos através da internet, revistas e noticiários, o turista terá contato com pessoas reais, que causam transformações.

Ao praticar o turismo no morro, os visitantes vão ter experiências com projetos sociais, entender por que um povo tão sofrido não tira o sorriso do rosto e conhecer histórias reais de um povo que luta diariamente. Mas também vão conhecer belas paisagens e curtir vistas estonteantes de pontos fascinantes da Cidade Maravilhosa.

É tanto o que ver e fazer como turista nas favelas, que com certeza esse é um passeio único e que traz muitas lições para a vida.

Turismo no morro também é vantagem para moradores

A maioria do guias turísticos nos morros são os próprios moradores, o que contribui com a renda familiar do mesmo. Além disso, quando o turista passa pelas vielas, contribui com a renda de diversos outros moradores, como de donos de barracas de artesanatos, alimentos e bebidas, entre outros.

Podemos dizer que o turismo nas favelas é positivo para os moradores, já que:

  • Contribui com o desenvolvimento econômico da região (conforme citado acima);
  • Melhora a autoestima da população;
  • Conscientizam os turistas sobre uma realidade perceptível e não as divulgadas pela mídia, ou seja, tira a impressão da favela como um lugar violento, mostrando que lá moram famílias e pessoas que se ajudam;
  • Contribui para o contato e conhecimento entre pessoas que jamais teriam se encontrado se não fosse por meio do turismo.

Além disso, a possibilidade de hospedagem que algumas oferecem, traz vantagens para os moradores como para os visitantes. Alguns transformam a residência em hostel, o que traz um impacto positivo, já que permite a troca humana entre turistas e moradores, além da rentabilidade por parte dos donos da casa.

Quais são as favelas abertas ao turismo no Rio de Janeiro

A favela da Rocinha foi a primeira que iniciou o turismo no morro, em seguida outras também foram adotando o turismo, após a atuação da polícia pacificadora. Veja algumas e o que elas oferecem, além de toda essa experiência citada acima:

Favela da Rocinha

Localizada na zona sul do Rio, é uma comunidade que investiu em infraestrutura para receber os turistas do mundo todo. Além dos mirantes com vistas para lugares incríveis da cidade, como a Pedra da Gávea e a Pedra Bonita, os visitantes conhecem diversos projetos sociais.

Favela Santa Marta

Os turistas podem visitar a comunidade através de um tour grátis e conhecer a realidade dos moradores, os projetos sociais desenvolvidos por lá, bem como a história e dificuldades dos moradores contadas através de um morador local.

Além disso, podem tirar fotos com a estátua de Michael Jackson, comprar artesanatos locais, conhecer a escola de samba Mocidade Unidas do Santa Marta e finalizar o passeio indo até o mirante para contemplar a bela vista da Baía de Guanabara, Pão de Açúcar, Lagoa Rodrigo de Freitas, do Cristo Redentor e até do Maracanã.

Favela Cantagalo

A comunidade recebe os turistas com um sorriso no rosto. De lá é possível ter uma vista privilegiada para as praias do Leblon, Ipanema e da Lagoa Rodrigo de Freitas. Além do contato com a realidade na favela, os turistas também podem conhecer o Museu da Favela.