Precisamos remar contra essa maré

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Ontem, eu chorei pela morte de Fidel Castro.

Meu sentimento é que estamos perdendo cada vez mais pessoas que nos inspiram a acreditar em um mundo melhor e que, infelizmente, cada vez surgem mais seres humanos que apenas pensam no próprio umbigo. Cada vez vemos mais pessoas corruptas e querendo criar leis para encobrir seus erros e crimes, como estamos vendo acontecer agora na maior casa legislativa do país, o Congresso Nacional. Guerras por religião que mais separam a humanidade do que aproximam e a eleição em todo o mundo dos piores tipos que podemos ter na política é o que estamos vivendo nos dias atuais.

Isso é o reflexo de uma sociedade doente e acontece muito próximo a todos nós. O tratamento que a sociedade dá para as favelas, por exemplo, é um absurdo! Nesse ponto, faço um destaque para o mandado judicial coletivo que permite a entrada nas residências dos moradores da Cidade de Deus. Será que isso aconteceria em um condomínio no Leblon ou na Barra? Nunca! Mas, com os pobres, tudo pode. Podem faltar também hospitais, vagas nas escolas e até o direito ao lazer.

O que vivemos hoje em todo o mundo deveria deixar a humanidade perplexa. Ao contrário: cada vez mais pessoas acham tudo “muito normal”. Aqui no Brasil, então, é “muito normal” termos um governo corrupto e sermos um país onde os ricos ficam mais ricos e os pobres ficam mais pobres. É “muito normal” que sejamos uma sociedade onde poucos têm muito e a maioria tem tão pouco ou nada. Até quando sobreviveremos a isso?

É chegada a hora de cada um de nós buscar dentro de nossas consciências a indignação necessária para as mudanças. A partida de Fidel me fez refletir sobre a importância de haver mais pessoas capazes de se indignarem, de acreditarem e lutarem por um mundo melhor. Fica aqui a minha reflexão para que possamos nos incomodar, para não nos conformarmos com esse mundo, mas transformá-lo a cada instante através das renovação de nossas mentes e corações, agindo sempre em busca de um mundo melhor.

Vamos?