Para além do Dia das Crianças

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Segundo o calendário capitalista, no mês de outubro, mais especificamente no dia 12, é comemorado o Dia das Crianças. Nesse mês, é esperado – ou imposto pelo comércio -, que as crianças que estão ao nosso redor sejam presenteadas com brinquedos, como símbolo de comemoração à data. O próprio “serumaninho”, por meio de sua ingenuidade, acaba criando esse sentimento de ansiedade dentro de si, com pensamentos do tipo: “o que será que vou ganhar no Dia das Crianças?”.

No entanto, com a triste realidade que muitas famílias moradoras de favelas vivem, se já é difícil dar o básico a seus filhos (como alimentação, moradia fixa ou material escolar), um presente em uma data comemorativa, por mais simples que seja, vira artigo de luxo.

Esse sentimento de ansiedade que é gerado nos pequenos durante as vésperas do Dia das Crianças deveria ser sanado todos os dias. Diversos projetos e ações nas favelas fazem isso durante todo o ano, promovendo educação, diversão e aprendizado para muitas delas. A forma com que essas pessoas se doam, voluntariamente, nessas iniciativas é o maior presente que as crianças podem receber.

Além de conhecerem culturas diferentes, adquirirem novos conhecimentos, terem acesso ao mundo das artes e ganharem habilidades físicas, elas também se desenvolvem como pessoas e cidadãos, trazendo perspectivas diferentes para sua vida e de todos que estão à seu redor, antes acostumados a uma realidade dura e limitada.

Não apenas as crianças devem ser felicitadas pelo seu dia, como também todos os organizadores dos projetos e iniciativas que trabalham com elas – até porque, no fundo, todos somos eternas crianças. Feliz dia!