Outdoor Social completa um ano de atuação nas favelas

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Atenta à crescente parcela da população moradora de favelas, a Minas de Ideias em parceria com a ONG  Agência de Notícias das Favelas criou o Outdoor Social – mídia out of home que envolve os moradores das comunidades, disponível no Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. Segundo o IBGE são 12 milhões de brasileiros que vivem nas favelas.

“Nosso objetivo era fazer uma mídia que gerasse renda aos moradores das favelas,  retorno aos anunciantes e não degradasse o meio ambiente. Foi aí que conheci o André Fernandes, fundador da ANF, que nos emprestou toda a sua expertise em favelas para implementarmos o projeto. Principalmente, em favelas sem Unidade Pacificadora da Polícia, onde o acesso é totalmente restrito”, explica Emília Rabello, sócia diretora da Minas de Ideias.

A empresa de telefonia Claro, Ministério da Integração, da Saúde, das Cidades e Petrobras fazem parte da lista de clientes que já veicularam no Outdoor Social.

“Fazemos a distribuição dos pontos de veiculação de acordo com público-alvo da campanha. Por exemplo, na campanha do Ministério das Cidades para estimular o uso de capacete, colocamos as placas somente em pontos de mototáxi. Assim, otimizamos a verba e aumentamos o retorno” completa, Emília.

Para André, fundador da ANF, veicular campanhas de utilidade pública e serviços para uma população carente de informação é gratificante. Ainda mais quando se remunera todos que participam do trabalho:  “Quando encontramos nossos coordenadores no dia de pagamento é que tomamos maior consciência como essa renda extra os ajuda muito no dia-a-dia. Uns pagam dívidas antigas, outros compram material escolar, alimentação, fazem cursos , entre inúmeras outras necessidades”.

O ciclo do outdoor social é composto pelo coordenador, que identifica os melhores locais para fixação da mídia, o exibidor, que coloca a placa na sua casa ou comércio, o instalador e o reciclador, que recolhe o material e entrega em uma cooperativa de reciclagem.

“Remunerar quem exibe a publicidade e tirar esse material de dentro das favelas após a exibição são compromissos importantes, pois infelizmente, ainda vemos placas presas em locais públicos , como passarelas e lixões,  e esquecidas dentro das favelas”, desabafa, André.

A tendência da mídia é de crescimento. Afinal, segundo outro instituto de pesquisa, o  Data Popular, a classe média representa 65% da população das favelas,  ou seja, um enorme mercado de consumo a disposição das empresas. Além disso, são inúmeras os problemas sociais ainda existentes nesses guetos, o que abre perspectivas para governos e empresas fomentadoras divulgarem  suas políticas públicas.  No entanto, para se expor nesta vitrine é preciso conhecer como atingir este público e aí nada melhor do que perguntar para quem é especialista no assunto.

Fonte: http://www.futurelab.com.br