O primeiro Rock in Rio de quem faz a festa acontecer

O músico do Santa Marta Alan Moura é backing vocal do Cidade Negra. (Créditos: Julianne Gouveia / ANF)

A edição de 2017 é a sétima do Rock in Rio. Mas, para muita gente das periferias da cidade, é como se ele tivesse nascido ontem. Trabalhadores, comunicadores, artistas e dançarinos que vivem nas favelas do Rio puderam experimentar este ano o gostinho de estar pela primeira vez no maior festival de música do Brasil.

Conheça algumas dessas histórias.

 

Créditos: Julianne Gouveia / ANF
Créditos: Julianne Gouveia / ANF

Stella Ribeiro, Complexo do Alemão
Stella Ribeiro também viveu a experiência de seu primeiro Rock in Rio em 2017. Estudante do 6º período de Publicidade e Propaganda, Stella é fotógrafa do Coca-Cola Stage, marca para a qual trabalha desde 2015. Além de viver o sonho de participar do festival, ela se orgulha do crescimento profissional ao ver suas fotos publicadas em veículos da grande mídia: “Sempre foi um sonho pra mim fotografar no Rock in Rio. Eu tô muito feliz e orgulhosa de estar aqui”.

 

Créditos: Julio Barroso / ANF
Créditos: Julio Barroso / ANF

Escola Carioca de Danças Negras, Morro do Andaraí
Quem passava pelo Palco Street África neste domingo, 24, pôde ver oito integrantes da Escola Carioca de Danças Negras realizarem uma oficina de dança afro em pleno Parque Olímpico. O grupo oferece aulas gratuitas para quase 150 crianças e adultos no Morro do Andaraí, mesmo sem patrocínio e trabalhando com voluntários. “A gente está aqui no Rock in Rio pra consagrar esses dois anos de trabalho”, explica Fabio Batista, diretor e coreógrafo da companhia.

 

Créditos: Julianne Gouveia / ANF
Créditos: Julianne Gouveia / ANF

Alan Moura, Santa Marta
“A ficha ainda não caiu”: o cantor Alan Moura nasceu no Fallet e não escondia a ansiedade nos bastidores do Palco Sunset. Com 27 anos de idade, ele fez sua estreia no Rock in Rio em grande estilo: cantou ao lado de Toni Garrido e o Cidade Negra no show em homenagem a Gilberto Gil com Cidade Negra, Digitaldubs e Maestro Spok. Alan vive de música desde 2005 e é integrante do bloco Spanta Neném e da banda A Quebrada, ambos da Favela Santa Marta, onde vive há sete anos. A oportunidade de estar no festival é única: “Está sendo muito maravilhoso. É o maior festival do Brasil, então, é muito importante participar disso”.

 

Créditos: Julianne Gouveia / ANF
Créditos: Julianne Gouveia / ANF

Bianca Vale, Cidade de Deus
Em tempos de crise, um mega evento representa a chance para recolocação profissional, ainda que temporária, para muita gente. Foi o caso de Bianca Vale. A moradora da Cidade de Deus é responsável técnica de um sistema de vendas de alimentos e bebidas do Rock in Rio. Estudante de Produção de Eventos, ela faz trabalhos autônomos na área e viu no Rock in Rio, além da chance de geração de renda, uma oportunidade para fazer contatos e investir no sonho de se tornar produtora: “É o maior evento em que eu já trabalhei. Apesar de não estar exatamente na área, é importante atuar em diversos setores porque posso ter conhecimento de um pouco de tudo”, afirma.

 

Mais Rock in Rio na Voz da Favela
Saiba, na edição de outubro do Jornal A Voz da Favela, como foi o dia de rock dos moradores de favela que vieram ao Rock in Rio com a Agência de Notícias das Favelas na noite de 17 de setembro. A próxima edição chega às ruas a partir de 02 de outubro.

 

Colaborou Julio Barroso.