Na noite de ontem, 31, o Teatro Popular Oscar Niemeyer, em Niterói, abriu as portas para a única apresentação do espetáculo Mundo grampeado: uma ópera tecno-tosca, do artivista, dramaturgo e colunista da Agência de Notícias das Favelas Marcus Galiña.
Com atuação da Cia Monte de Gente, Mundo grampeado: uma ópera tecno-tosca conta a história de Doidjo, cria do Estácio, dono de uma rádio comunitária pirata. Ele reencontra o amigo de infância Dinho, que trabalhava com alta tecnologia de segurança em Israel. Dinho roubou do Serviço Secreto Israelense um aparelho chamado Habacuc, capaz de grampear telefones celulares em qualquer lugar do mundo. Eles começam a transmitir grampos aleatoriamente até que impactam a vida política nacional e global.
“Mundo Grampeado”: dez anos hoje!
Classificado como um “musical marginal”, Mundo grampeado: uma ópera tecno-tosca nasceu durante a passagem de Marcus Galiña pelo curso de Direção Teatral da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO/UFRJ). O espetáculo estreou em 2007, na VII Mostra de Teatro da UFRJ. Dez anos depois, houve algumas inovações. Na apresentação de ontem, um dos atores interpretava um distribuidor de jornal e distribuía o Jornal A Voz da Favela, por exemplo. Há também referências aos novos movimentos políticos do país, como chamados paneleiros.
Veja fotos do espetáculo.
