Movimentos sociais se mobilizam contra possível condenação de Lula

Créditos: Bárbara Dias / ANF

O início da semana está sendo marcado por mobilizações em defesa da candidatura do ex-presidente Lula. Neste momento, está sendo julgado o recurso da condenação do juiz Sérgio Moro no caso do tríplex do Guarujá pelo  julgado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Diversos atos vêm sendo realizados em Porto Alegre e outras capitais desde segunda. A ANF acompanha a mobilização popular direto da capital gaúcha.

Os movimentos sociais que conduzem as mobilizações entendem que, além das contradições em que se encontra a Operação Lava a Jato, o processo que pode excluir o candidato líder nas pesquisas de intenção de votos para as eleições 2018 é um pleito fraudulento, que ratifica a narrativa do golpe à democracia.

Lula representaria o contraponto ao atual governo. Sua candidatura e sua possível eleição significam o retorno à normalidade institucional e democrática. Os avanços conquistados pela classe trabalhadora em seu governo – e até antes dele – têm sido atacados pela elite política e judiciária, abrindo cada vez mais espaço para privatizações que beneficiam empresas estrangeiras e o enxugamento do Estado. Um dos reflexos é o corte no orçamento para saúde, educação e tecnologia para o teto dos gastos, que durará 20 anos. Lula já mencionou submeter a referendo as reformas promovidas por Michel Temer caso seja eleito.

Segunda (22) pela manhã, a entrada da sede da Rede Globo, na rua Jardim Botânico, foi ocupada por manifestantes que acusam o veículo de fazer perseguição midiática ao ex-presidente e ao Partido dos Trabalhadores.

Caravanas saíram do Brasil inteiro em direção a Porto Alegre, levando militantes de diversas centrais sindicais, organizações e partidos com o objetivo de sinalizar o posicionamento dos setores populares em relação a todo o processo que se faz em relação a Lula. Juristas de todo o país e até estrangeiros já se propuseram a debater tal processo, atentando para o fato de que se trata de uma condenação frágil e de cunho político, o que não é prerrogativa do Judiciário.

Hoje, são aguardadas ainda manifestações no Rio de Janeiro e em outras capitais brasileiras em defesa da legalidade do processo e da candidatura de Lula. Há também manifestações, de menor adesão, pela sua condenação na Operação Lava-Jato.