( ) Independência ou Morte ( X )

A História é um mito mandando um caô empírico. Vejam vocês! Querem me fazer acreditar que hoje o país celebra 19,5 décadas de Independência. Me perdoem o KKKKKKKKK.

Um português nos declarou independentes de Portugal. Só isso mesmo de análise crítica por hoje.

2017 tá aí nas telas do presente! Nossa nação é um caso singular. É governada não por estrangeiros (embora também seja), mas por extraterrestres nascidos aqui mesmo. ETs secos, zero de empatia, inalcançáveis seres mafiosos.

Os entreguistas tiveram uma grande sacação quando criaram a Gran Mídia! A Gran Mídia é o palácio inviolável!

Um palácio vocacionado à expansão e manutenção do fascismo-que-se-faz-de-fofo, mas com uma linha tão atraente de ficção folhetinesca que é cercado pelo povo! Não para derrubá-lo! Mas para almejar uma varanda que oferte sua face à multidão.

A Gran Mídia é a Desrevolução Francesa! Venham ser célebres-aristocratas, venham ser ovacionados pelo povo! Qualquer um pode! Venham! Assim, executamos o trabalho sujo da forma mais clean jamais imaginada, entremeando uns telejornais fantasistas em meio a tanta fantasia em high definition.

O mais urgente é puxar um imenso e desbravador Movimento de Independência, mas os tanques nas ruas e os soldados em linha, desfilando sob o sol e o olhar de ninguém, querem me convencer que somos independentes há dois séculos.

Queria também um Movimento Democrático e um Movimento Repúblicano. E queria que fossem todos movimentos populares. Podem me jogar um KKKKKK. Eu perdoo.

Daqui a pouco, deste país vai brotar petróleo até dos bueiros… E vamos pagar R$ 9 pelo litro da gasolina, lembrando que já é o que muitos pagam por uma xícara de café gentrificado.

Vão cortar nossos salários, reduzir serviços e aumentar nossos impostos. Pagaremos mais por muito menos, enquanto as laranjas seletas do Capital escondem 50 milhões no apê. E sabe quando isso vai acontecer? Ontem! E antes! Está acontecendo e não estamos fazendo nada para impedir.

Alguém, montado em algum cavalo, à beira de algum rio, gritou para a nossa elite: “Independência ou Morte!”.

Nossa elite bradou: – Morte!

– Então, morram! Gritou o cavalo.

– Nós, não! O país! Gritou a elite brazuca.

Se o Dia da Independência me deixou assim, imagina como ficarei na Proclamação da República?