História de dor na África: as barbaridades da Bélgica no Congo

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Escravidão, torturas, mutilações e assassinatos em massa estão entre as barbaridades cometidas pela Bélgica no Congo. No entanto, o silêncio da comunidade internacional, ainda incomoda, mesmo depois de mais de um século.

Leopoldo II, nascido em abril de 1835 e morto em dezembro de 1909, foi o segundo rei dos belgas. Era filho de Leopoldo I, a quem sucedeu em 1865, permanecendo no cargo até a morte. Durante a sua regência, os escravizados que eram considerados preguiçosos estavam sujeitos a uma punição brutal. Incontáveis mulheres e crianças tiveram seus braços cortados, nesse período, simplesmente, por suas famílias não conseguirem atingir as metas estabelecidas pelos belgas em trabalhos forçados, exaustivos e degradantes. Enquanto isso, o rei Leopoldo II, seguia acumulando riquezas e sofisticando sua fortuna através da exploração do Congo e seu povo.

No final do século XIX, o Estado Livre do Congo, então, colonia africana da Bélgica, sob comando do rei Leopoldo II, causava indignação e perplexidade à comunidade internacional. Em 1904, o relatório enviado pelo cônsul britânico Roger Casement provocou a prisão de alguns oficiais brancos, responsáveis por um massacre durante uma expedição para coleta de material para produção de borracha em 1903. Para se ter uma ideia da carnificina, um único individuo belga assassinou cerca de 122 congoleses.

Família congolesa é exposta em zoológico na Bélgica. (Créditos: Reprodução Internet)
Família congolesa é exposta em zoológico na Bélgica. (Créditos: Reprodução Internet)

Os abusos praticados principalmente na industria da borracha, incluía a efetiva escravização da população nativa, espancamentos, assassinatos e frequentes mutilações de homens, mulheres e crianças. Essas eram praticas comuns quando as famílias não conseguiam atingir suas contas de produção, muitas vezes impossíveis de cumprir.

Em 1958, ou seja, já na metade do século XX, a Bélgica foi cenário de um acontecimento inimaginável: um zoológico humano foi montado em Bruxelas, onde uma família inteira do Congo foi posta em uma jaula para a exposição e diversão dos belgas.

A história de nossos irmãos africanos não pode ser esquecida.