Festival traz a periferia para o cinema a partir de amanhã, 28

O diretor André Fernandes (esquerda) entrevista o DJ Marlboro no documentário "Eu só quero é ser feliz - uma breve história do funk carioca". (Créditos: Divulgação)

Começa nesta terça-feira, 28, a 11ª edição do Festival Visões Periféricas. 38 filmes participam da programação de 2017, selecionados entre os 667 filmes inscritos, vindos de todo o Brasil. Eu só quero é ser feliz – uma breve história do funk carioca, de André Fernandes, é um deles. A mostra é gratuita e fica até 03 de dezembro na Caixa Cultural.

O conceito do Festival Visões Periféricas é incentivar projetos que promovam uma formação técnica e estética de indivíduos e coletivos nas periferias e ampliem o espectro de visões do público em geral sobre esses espaços a partir do olhar de quem vive o seu cotidiano. “O projeto pioneiro e atualmente único no país possui um papel importante no cenário nacional e local para o desenvolvimento estético e profissional de novas gerações de produtores e exibidores de audiovisual”, afirma Marcio Blanco, diretor da Imaginário Digital e idealizador do evento.

Ao longo de seus dez anos ininterruptos, o Festival estimulou o surgimento, crescimento e conexão de projetos de produção e difusão audiovisual, contando com a participação de todos os estados do País. Mais de 1000 filmes foram exibidos e um público de mais de 15 mil pessoas já passou pelo festival desde sua primeira edição, em 2007.

Neste ano, o Visões Periféricas conta com as seguintes mostras competitivas: Visorama (filmes produzidos por alunos de oficinas, escolas livres e projetos de formação em audiovisual de todo o país); Fronteiras Imaginárias (filmes produzidos por realizadores independentes e coletivos de audiovisual de diferentes estados do Brasil); Cinema da Gema (panorama de filmes realizados por diretores cariocas e fluminenses); Tudojuntoemisturado (filmes de até 5 minutos exibidos e votados exclusivamente na internet). O festival também possui uma mostra informativa, a Panorâmica (filmes com duração de pelo menos 40 minutos). Todos os filmes foram produzidos a partir de janeiro de 2016, sem restrição quanto a gêneros.

Além das mostras de filmes, o festival também conta com uma programação voltada para a educação. Durante os dias do evento, a Escola de Cinema Darcy Ribeiro recebe o IV Deseducando o Olhar e o IV Encontro de Educadores de audiovisual, compostos de debates e oficinas que contam com a participação de realizadores, educadores, acadêmicos e profissionais do estado do Rio de Janeiro e de outras localidades que trabalhem na interface do audiovisual, educação e tecnologias. Os dois encontros são realizados em parceria entre a UFF e a Imaginário Digital, apresentando 32 trabalhos de diversos estados.

A programação completa está disponível no site do Visões Periféricas.

 

Documentário da ANF Produções está na programação

O documentário Eu só quero é ser feliz – uma breve história do funk, dirigido pelo diretor e fundador da Agência de Notícias das Favelas André Fernandes, está na programação do Festival Visões Periféricas 2017. O filme de 26 minutos faz parte da Mostra Fronteiras Imaginárias e vai ser exibido em 01 de dezembro, às 19 h.

Os MCs Galo, Geleia, Leonardo, Amaro e Cidinho e Doca, além de Rômulo Costa, DJ Malboro, GrandMaster Rafael, Reginaldo da CurtiSom Rio e Adriana Facina são alguns dos entrevistados que ajudam a contar a história dos primeiros anos do gênero. No período, o funk carioca e os chamados bailes de corredor, conhecidos pela violência através da grande mídia, saíram dos clubes do subúrbio e subiram os morros e favelas da cidade. A formação de duplas fomentou uma cena que hoje é a cara do Rio.

 

Serviço:
Festival Visões Periféricas
Data: de 28 de novembro a 03 de dezembro
Endereço: CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Cinemas 1 e 2 (Av. Almirante Barroso, 25, Centro, Rio de Janeiro – RJ)
Entrada franca.