Fé e religiosidade no Sambódromo

Créditos: Thaynara Santos / ANF

As escolas de samba do Grupo A encerraram os desfiles, no último sábado (10), com alegorias ricas em detalhes. Elas percorreram pouco mais que uma hora a passarela do Samba na Marquês de Sapucaí, com temas relacionados a fé, religiosidade e ancestralidade como enredo para suas alegorias.

A Alegria da Zona Sul, da comunidade de Cantagalo-Pavão-Pavãozinho, contou a história de Luiza Mahin, negra africana que converteu-se ao islamismo e deu início a “Revolta dos Malês”. A escola trouxe, em sua segunda ala, uma homenagem à Nanã Buruku – divindade das religiões de matriz africana, como umbanda e candomblé. A Inocentes de Belford Roxo, que fez um tributo aos 452 anos de Magé, também voltou a temática em suas alas iniciais nomeadas “Sincretismo, Matriz africana e Catolicismo”. A  G.R.E.S Acadêmicos de Santa Cruz tratou de questões de esperança e fé, remetendo à histórias infantis, como Dorothy e a cidade das Esmeraldas, de “O Mágico de Oz”; Peter Pan e a Terra do Nunca; e Alice no País das Maravilhas.

A Unidos de Padre Miguel, última escola a se apresentar, contou um pouco da brasilidade e ritos dos povos que vivem à beira do Rio Amazonas. Entre as alegorias que retratavam o folclore brasileiro estavam a ala “Cujubim: O pássaro que se transformou em Sol” e “O doce canto de Yara”, finalizando a noite de forma mágica com os tributos a mitologia brasileira.