A favela e o novo governo: Parte II – Educação

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Precisamos falar sobre o FIES

 

Vivemos uma incerteza após a instauração do novo Governo Federal. Esta incerteza, além de todo o panorama político, também se refere aos repasses ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Este programa foi fundamental para levar muita gente aos bancos das universidades, tornando possível o ingresso em faculdades privadas.

Hoje, já temos notícias de alunos obrigados pelas instituições de ensino a assinar termos de responsabilidade para poder realizar provas. O conteúdo dos documentos fala sobre a obrigação dos alunos com a quitação das dívidas mesmo caso os incentivos do Fies não sejam efetivados.

Estes repasses estavam sendo discutidos no Congresso Nacional, porém, por falta de quórum, achou-se melhor adiar a votação para após as eleições, ocorridas no último domingo (02/10). Na briga, estão as instituições que desejam receber por seus serviços prestados, do outro, o Congresso, que “tenta” de alguma maneira atrasar o encaminhamento das verbas. No meio, e não menos importantes, estamos nós, os alunos. Estudantes que, como eu, dependem do financiamento não sabem como serão as vidas. Graças a esse pequeno incentivo, conseguimos alcançar o nível superior. Sem ele, fica difícil manter-se estudando.

Outro dia, recebi uma ligação da instituição onde eu estudo fazendo cobranças. Achei estranho, pois, até então, estava tudo em dia. Avisei à atendente que a conta em aberto era referente ao Fies, o que logo encerrou a ligação. Será que ela não viu do que se tratava ou foi só uma forma de pressionar os alunos que têm este direito? Fica a pergunta e também o lembrete: estudantes que dependem do Fies podem ter de largar a faculdade por falta do repasse do governo. Tá aí uma hipótese que esperamos não provar.