Corrupção, o câncer do Rio

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Nossa alma sente um desejo enorme de se libertar das amarras que nos prendem aqui. É tanto sofrimento e dor que choramos e lamentamos. Temos sido açoitados diariamente. Nossos corpos têm sangrado e manchado o chão onde pisamos.

Por inúmeras vezes, ficamos pensando o quão é difícil compreender o que pensam os nossos governantes e seus correligionários, quais têm sido as políticas e planos de governo elaborados para o povo de modo geral. Tentamos imaginar as reuniões de planejamento para atuação das secretarias, com seus asseclas e abutres tentando descobrir de onde vão tirar mais vantagens, que obra ou empresa vai ser extorquida, quais os meios e subterfúgios vão usar para tirar proveito próprio e para os seus senhorios, o que deve ser falado e discutido para o povo… Mas é melhor nem pensar mais nisso.

O que se tem mostrado de política na mídia é cada dia mais vergonhoso e sujo. São partidos políticos disputando fatias e espaços de poder, uma briga na qual o que mais importa é o desejo de se permanecer por lá, lucrando mais e mais. Vemos leis que são criadas para blindarem a uns aos outros. Quem não fizer parte desse jogo malévolo é extirpado do jogo como a um cisto. Vergonhosamente, os nossos governantes venderam suas almas para o capital, verdadeira obra do Capeta.

Aqui no Estado do Rio de Janeiro, a corrupção foi tão escrachada que deixou a população à deriva literalmente. O mesmo partido articulador do “golpe” atua há tempos em terras fluminenses – hoje, em estado de decomposição -, trazendo enorme sofrimento a milhões de pessoas. Foram anos de benesses e desfalques aos cofres públicos, maracutaias e conluios à luz do dia, sem escrúpulos e sem medo. Ainda que hoje o líder dessa quadrilha, conforme já colocado pela justiça, esteja preso, a pergunta que faço é: cadê o dinheiro roubado?

Os servidores precisam desse dinheiro, as crianças precisam desse dinheiro, os idosos precisam desse dinheiro. Nós, cidadãos, precisamos desse dinheiro de volta para a saúde, cultura, educação e, principalmente, para a mínima sobrevivência desse Estado que já foi a capital da república.

A violência está sem freio por conta dos desvios e da corrupção que ficou encrustada aqui. As mortes nas favelas e asfalto, nas macas dos hospitais sem atendimento, as crianças sem estudos, os servidores sem salários, o comércio falindo: essas e outras mazelas são culpa de uma má gestão dos que ainda governam sem legitimidade.

É hora do povo reagir e lutar em prol de nossas próprias vidas. É momento de questionar as ações que ainda estão aí e continuam a agir de forma descabida contra o povo. É hora de dar um basta.