Coletivo Voz Urbana: deixa a periferia falar

Coletivo durante ação no evento Terreiro de Portas Abertas. (Créditos: Divulgação)

Comunicação, educação, cultura e periferia: essas quatro ideias são o norte das atividades do Voz Urbana, coletivo de mídia da Baixada Fluminense. Formado por jovens colaboradores e ativistas em 2010, o grupo usa a internet e as redes sociais para difundir a cultura da chamada “BXD”, fortalecendo produtores e ampliando o alcance das ações locais.

Com curadoria da grafiteira, videomaker e mestra em Educação, Comunicação e Cultura em Periferias Lu Brasil, o Coletivo Voz Urbana surgiu sete anos atrás como uma webtv da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense (FEBF). Hoje, todo o conteúdo é voltado para Facebook e YouTube. O grupo tem como política a colaboração e o fortalecimento de outras ações que tenham a periferia como principal temática. As plataformas são utilizadas para compartilhar atividades próprias e de outros coletivos periféricos, como, por exemplo, o Maré 0800.

Além de Lu Brasil, outros sete colaboradores dão força para o crescimento do Coletivo Voz Urbana: Wallace Araújo, Gizele Martins, Fábio Silva, Richard Flor Esteves, Adriana Ornelas, Carla Felizardo e Ghel Nikaido, que mora na França e faz pesquisas sobre a favela. “Isso já está resultando em ações fora do virtual. Não ganhamos nada financeiramente, apenas a satisfação de fomentar a cultura e a vivência das favelas e da periferia em geral”, explica.

Questionada sobre a ação mais emocionante na história do coletivo, Lu Brasil destacou uma intervenção durante o evento Terreiro de Portas Abertas, com roda de debates, intervenção e grafite. “Foi diferente de tudo o que fizemos e sentimos o nosso trabalho cada vez mais valorizado por tantas vozes da periferia”, conclui.

Acompanhe o Coletivo Voz Urbana no YouTube.

Publicado na edição de maio de 2017 do Jornal A Voz da Favela.