Colapso poético

Em 1500 descobrimos o Brasil
E estamos destruindo-o nos anos 2000
Um golpe no congresso, deprimentes deputados
Elegeram um ladrão pra roubar todos os lados
Já gritamos “Fora Temer” e nada aconteceu
Democracia? Que piada, de mau gosto, creio eu
Já somos roubados e tudo é omitido
A poesia hoje é guerra e o coração é partido
Precisamos partir pro ataque sem defesa
E parar de endeusar essa classe burguesa
Que espanca professor e bate palma acomodada
Que não respeita estudante e desrespeita aposentada
A luta começou, não temos opção
Vemos o pobre esquecido na Constituição
É o país do lava jato, puta que pariu
Tiririca deputado, dessa piada você riu?
O circo tá armado, e a desgraça prevalece
Pai de família em desespero e o ateu até faz prece
Falando em prece, ó meu Deus, meu estado em desespero
Querem pastor governando o meu Rio de Janeiro
Educação ninguém tem mais, faculdades estão fechando
E os políticos comemoram, vendo impostos sonegando
O grito tem que ser forte ou eu vou ficar de luto
Num país sem presidente, batendo palma pra maluco
O desejo é ir pra rua, vamos, povo, coragem!
Vamos tirar do papel essa humilde mensagem.