Carnaval e repressão

Créditos: Folha de SP

Que o bispo dublê de prefeito Marcelo Crivella (PRB) não gosta de carnaval, a população do Rio sabe desde o ano passado, quando ele se recusou a cumprir uma tradição histórica em transmitir a chave da cidade para o Rei Momo. Porém, o que a sua gestão tem feito, neste carnaval de 2018, é quase criminoso. Apesar de suas declarações de que o carnaval desse ano é o mais estruturado de todos os tempos, os serviços públicos mais básicos tem sido negados à população carioca. E com a chegada de milhões de turistas na cidade, a situação só piora.

Os hospitais públicos estão num momento de caos nunca antes visto na cidade. As ruas estão abandonadas pelos poderes estadual e municipal. Até o ano passado, o governo municipal tinha um plano de contingência para organizar o carnaval. A impressão que se tem é que os órgãos responsáveis esqueceram como realizar a festa mais importante da Cidade Maravilhosa.

A Comlurb, que sempre foi referência de excelência de serviços prestados, tem deixado a desejar em várias ruas da cidade que tem acontecido os blocos.

Na área da segurança e logística os problemas se repetem. Nunca vi tão pouco policiamento nas ruas. Nem a guarda municipal e nem a polícia militar tem se mostrado presentes nas ruas. O caos é flagrante na cidade e só não temos um problema mais grave por pura sorte.

Porém, as únicas coisas que parecem incomodar o prefeito é o consumo de bebidas e a lei do silêncio.